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Ribeirão das Neves,03/07/2025

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Dono do Spotify investe milhões em empresa militar. Artistas protestam

noticiasaominuto.com
Dono do Spotify investe milhões em empresa militar. Artistas protestam

A Prima Materia, a empresa de investimento do cofundador e CEO do Spotify, Daniel Ek, fez um novo investimento no valor de 600 milhões de euros numa empresa alemã que desenvolve sistemas de defesa com Inteligência Artificial (IA) de nome Helsing.


 

Este investimento faz da empresa de Daniel Ek o maior financiador da Helsing na mais recente ronda de investimentos, com o Financial Times a recordar que o líder do Spotify investiu um montante de 100 milhões de euros em 2021. Sublinhar que este é o mesmo ano em que a Helsing e a Prima Materia foram fundadas.


O software desenvolvido pela Helsing permite usar IA para analisar diferentes cenários no campo de batalha em tempo real, com a empresa a adiantar que o investimento reunido na mais recente ronda de financiamento servirá para acelerar o desenvolvimento de produtos e a expansão para diferentes territórios na Europa. A Helsing já tem contratos com alguns países europeus, como é o caso de França e da Alemanha.


O envolvimento do líder do Spotify com a Helsing não está a ser bem visto por alguns artistas musicais que, como forma de protesto, decidiram abandonar a plataforma de streaming.


Entre eles estão a banda de ‘indie-rock’ Deerhoof, que fez uma publicação na sua página oficial no Instagram onde diz que removerá as suas músicas do Spotify. “Não queremos que a nossa música mate pessoas”, pode ler-se na publicação. “Não queremos que o nosso sucesso esteja ligado à tecnologia de batalha com IA”.


Dois músicos australianos - Leah Senior e Hugh F - também anunciaram que vão avançar com a remoção das suas músicas do Spotify.


Senior partilhou no seu Instagram um vídeo onde explicou a decisão, notando que contava com o apoio da sua ‘label’. “Não quero que nenhuma música minha contribua para o desenvolvimento de armas de IA que ajudem os homens nojentos no poder a oprimir , destruir e matar o nosso planeta”, afirmou a artista musical.


Hugh F deixou uma mensagem semelhante no seu Instagram. “A Helsing diz que é uma ‘empresa de defesa de IA’. Estão a construir ferramentas para os exércitos europeus usarem em zonas de guerra. A empresa de investimento do Daniel Ek já os apoiou com quase 700 milhões de euros", escreveu o artista australiano. “Entretanto, o Spotify paga mal aos artistas, consolida o seu poder e limita as formas de nos conectarmos com o nosso público. Agora está a financiar a guerra. Não quero fazer parte disso. Por isso estou a remover o meu catálogo do Spotify”.


Este movimento de protesto não parece estar limitado aos artistas musicais e também já chegou às editoras. Exemplo disso é a neerlandesa Kalahari Oyster Cult, que partilhou no respetivo Instagram que removeu o catálogo do Spotify esta terça-feira, dia 2 de julho.


“Como editora, e em consulta com os artistas que representamos, não queremos que a nossa música contribua ou beneficie uma plataforma liderada por alguém que apoia ferramentas de guerra, vigilância e violência. Manter o nosso trabalho no Spotify significaria ir contra tudo o que defendemos”, pode ler-se na publicação.


Leia Também: Plano com música de alta qualidade pode estar perto de chegar ao Spotify




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